Ngorongoro – 3 da tarde.
Chegamos ao acampamento, na borda da cratera, espapassadas com o calor, moídas dos solavancos do jeep, e encantadas por ainda há poucos minutos termos visto de perto um fabuloso rinoceronte preto.
Mesmo assim, resistimos ao cansaço e dispomo-nos a enfrentar o calor, dando uma volta a pé pelas redondezas.
Preparamo-nos para sair quando somos abordadas pelo recepcionista, muito aflito:
- Esperem , esperem, vou pedir a alguém para acompanhá-las.
- Não é preciso, nós vamos sozinhas, não faz mal...
- Não. É perigoso!! Ás vezes há búfalos e elefantes por aqui.
Entreolhamo-nos, perplexas. A paisagem que nos rodeia, frondosa e verde, não apresenta sinais de que tais animais por aqui tenham passado.
Mas lá consentimos.
O nosso protector é um jovem maasai muito alto e muito magro, quase franzino e aparentemente frágil. Chega com um passo rápido, um sorriso tímido e .... um pau muito fino e comprido na mão.
Será com ele que nos pretende proteger dos búfalos?
Sorrio e penso em Meryl Streep no “África Minha”, a enxotar manadas, gritando “Shoo! Shoo!”
Pezinhos (da esquerda para a direita): PLee, Lazaro, MLee
Tanzania, 2009
Pezinhos (da esquerda para a direita): PLee, Lazaro, MLee
Tanzania, 2009