Estou em Berlim e
o tempo é escasso para tudo o que gostaria de ver.
O Checkpoint
Charlie fica longe, a Staatsoper está em obras e o Neues Museum - onde esperava
poder apreciar a cabeça da Nefertiti – fechou há 5 minutos.
Proponho-me, então, uma caminhada, do
Tiergarten à Alexander Platz.
Não falham as
portas de Brandenburgo nem um passeio Unter den Linden.
Em frente ao
Reichtag, um dos inúmeros monumentos que prestam homenagem a vítimas
do nazismo. Desta feita, aos 96 parlamentares Comunistas e Sociais-democratas
assassinados em nome do Terceiro Reich.
Dieter Appett's memorial |
No coração da cidade, deparo-me com um curioso incentivo para continuar a marcha.
Grosser Stern |
Faço o caminho aos ziguezagues, na tentativa de captar o mais possível da
arquitectura moderna, variada e surpreendente que caracteriza a capital alemã.
Ao passear-me ao longo do rio Spree, não consigo afastar o pensamento de que
Berlim é uma mistura entre o que em Londres é moderno e o que em Paris é
clássico – comentário que tem produzido muitos sobrolhos franzidos, mas que mantenho.
Ao fim de quase
três horas de caminhada, a noite caiu e o meu espírito está já tão cansado
como os meus pés. Um sinal no chão relembra-me que o
U-Bhan (metro) e o S-Bhan (autocarro) estão ali para me levar de volta ao
hotel.
Fotos: Rutix. Berlim, Outubro de 2012