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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pés que Abraçam a Paisagem

... em toda a sua imensidão.
Os campos a perder de vista, as cearas já altas
num prenúncio doVerão que se aproxima,
uma bruma matinal, trazida pela brisa marítima,
o corpo que se entrega à terra
numa renúncia pela partida.
X@n@- Alentejo - Maio 2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Pezinhos na Mula


Seis pezinhos bem calçados
Foram há dias passear
Até à Serra de Sintra
Onde se respira bom ar

Como sempre nestas coisas
Não poderia faltar
A cãopanhia do Verdi
De rabinho a dar-a-dar

Foto: RCC. Barragem da Mula. Maio 2010

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Pés no Paraíso

Era uma vez um recanto de África no Alentejo.
Local onde o silêncio se veste em forma de árvores,
campos a perder de vista e pedras que contam histórias milenares.


Era uma vez um loft colonial em que adormecemos a ver as estrelas,
onde o suave murmurar do vento nos acaricia a pele e
o despertar é feito ao ritmo dos sentidos.

Era uma vez um alpendre que convida a leituras
conversas e descanso.
Era uma vez este local que se me gravou na alma
e onde constantemente anseio por voltar :)
X@n@ 2008

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pezinhos e Gravuras

Barca d'Alva
No fim-de-semana das festividades de Sto. António, 3 membros da equipa dos pezinhos
resolveram deslocar-se ao Norte de Portugal e recuar no tempo mais de 20 mil anos.
Na bagagem, curiosidade, bravura e desejo de mudar de ares
trouxeram alento para as (ainda que curtas) caminhadas a 3 dos vários núcleos de gravuras --
Canada do Inferno, Penascosa e Ribeira de Piscos (ou Muxagata).
Muitos mais são os grupos de gravuras existentes - mais de 20 - mas, nem todos abertos ao público. Grande parte das gravuras do nosso Património datam do Paleolítico Superior e têm entre 10 e 23 mil anos. As mais antigas que se conhecem datam de há 30 mil anos. De entre os vários núcleos visitados, uns destacam-se mais pela beleza envolvente, outros pela própria riqueza e diversidade das gravuras. Percebemos que o interesse político esmoreceu por completo e deixámos cair no esquecimento esta imensa riqueza Nacional. Exemplo disso, é um Museu (de localização priveligiada sobre o Douro) que está para ser inaugurado há anos... os guias começaram por ser 17 e estão reduzidos a 5, não conseguindo dar vazão aos cerca de 20 mil visitantes/ano.
Desconhecem-se os motivos da tendência para a aglomeração (e mesmo sobreposição) das gravuras nas mesmas rochas. Existem teorias que defendem que, entre os homens pré-históricos já existiam artistas e nem todos estavam destinados à arte da caça. As cenas mais retratadas são figuras animais - cavalos, bois, touros, peixes (em número reduzido) e cabras - mas também pudemos observar uma figura humana (algo mutante), na Muxagata. O que levaria os nossos antepassados a desenhar estas figuras? Motivos místicos, religiosos, veia artística, por mera descoberta desta possibilidade ...? Utilizavam quer a técnica de gravar, quer de desenhar e, como certo, apenas a nossa possibilidade de dar asas à imaginação e recuar no tempo, até aos primeiros Homo sapiens sapiens.
Marialva
Esta região vinhateira convida à descoberta de vales e socalcos profundamente marcados. Percorremos ainda aldeias e vilas históricas como Almeida, Marialva ou Torre de Moncorvo e atestámos o bom paladar da (igualmente rica) região gastronómica. Vinhos generosos e farta comida, a pedir longas caminhadas e lenta degustação.
Na memória, ainda os voos rasantes da águia de Bonelli e as centenas de pombais que povoam toda a região.
Não votar ao esquecimento o que é de todos nós e que
foi afinal uma (única?) vitória, da riqueza cultural sobre interesses de gigantes económicos/políticos, que poderá continuar a perpetuar a sua história para futuras gerações.

terça-feira, 1 de junho de 2010

1 Pé no Alentejo

O calor dava os primeiros passos. As cearas, já cortadas,
a imagem de um Verão antecipado. Os pássaros, em banquete
regalados com o restolho, enchendo os céus de alegres cantorias.
Fim-de-semana dedicado ao descanso, à meditação interior,
algumas resoluções, avestruzes, burros e outros que tais.
Um mar idílico, petiscos de chorar por mais e leituras em dia!
X@n@ - Alentejo 2010