Parte da equipa dos Pezinhos deslocou-se à Arrábida para provar mais uma das Fatias de Cá. Desta feita, assistimos à adaptação teatral do romance "A Encomendação das Almas", de João Aguiar, no sublime cenário do altaneiro Convento.
cartaz da exposição |
A adaptação do texto é necessariamente redutora, mas perfeitamente fiel ao espírito do romance.
"Um homem que há muito passou da juventude e outro que a vive, aliam-se para construir um pequeno universo onde subsistem os velhos ritos e superstições do passado. Porém, esse universo não poderá resistir durante muito tempo ao mundo de hoje. É preciso encontrar uma saída." FdC
"Um homem que há muito passou da juventude e outro que a vive, aliam-se para construir um pequeno universo onde subsistem os velhos ritos e superstições do passado. Porém, esse universo não poderá resistir durante muito tempo ao mundo de hoje. É preciso encontrar uma saída." FdC
Seguimos os actores, e a história que contavam, pelos jardins, capelas, terraços e recantos do convento. As escadas eram íngremes e estreitas e o esforço foi-se fazendo sentir. Parávamos cada vez mais para apreciar a vista magnífica sobre a baía, e o chão duro do convento ia ficando cada vez mais confortável.
rutix e muhipiti ouvindo atentamente a peça |
Sempre parte integrante dos espectáculos dos FdC é o jantar integrado na acção. O ar da serra abriu os apetites e foi com prazer que festejámos o aniversário da personagem Gonçalo Nuno Mesquita de Reboredo e Sande com franguinho assado e batata frita, pão e azeitonas regados a vinho tinto.
alexis e chefinha roendo umas asinhas de frango |
Enquanto o dia entardecia, fomos testemunhando a ingenuidade do Zé da Pinta, o cansaço de Gonçalo Nuno, os achaques do Sr. Maravilhas e as necessidades da Tia Genoveva. Mas foi o castiço Tio Albertino, com os seus turpilóquios e sapatinhos à gangster que nos conquistou mais a simpatia.
os sapatinhos do Tio Albertino |
O tio Albertino fez-se pouco rogado, apenas o suficiente para estabelecer a pequenez do ordenado. Na verdade, fazia-lhe jeito alguém que atendesse os clientes na taberna, ficava-lhe mais tempo livre para outras coisas."
João Aguiar, A Encomendação das Almas
Fotos: RCC e X@n@. Arrábida. Agosto, 2011.
2 comentários:
Mais um optimo espectáculo com a sensação de vivência da historia em tempo real.
Para mim é o que distingue este tipo de teatro, que gosto cada vez mais.
E os sapatinhos...ui do melhor...LOLOL
Mt boa esta personagem.
Ao ler estas linhas, já me arrependo de não ter vencido a inércia das férias. Uma caloira não deve cometer estes pecados!!!
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