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domingo, 13 de abril de 2014

Casamento

As Cinderalas mostram os seus sapatinhos de cristal disfarçado, momentos antes do Baile.

Patrix, Gabix, Rutix, Isa, Felismina e Lucilix.
Sintra, 13 de Outubro de 2013

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O Pombo


Debruçada em cima do balcão, pressinto-o saltar para o patamar da porta. Pelo canto do olho, vejo-o entrar no Bazar e caminhar pelo estreito corredor ladeado de artigos em 2ª mão. Endireito-me e fixo-o, incrédula, enquanto ele se dirige a mim, com uma confiança pouco comum na sua espécie face à minha. O Pombo contorna o balcão, considera-me durante uns segundos ... e vai-se embora, não sem antes me lançar o que a minha imaginação tomou por um olhar de desprezo.
 
Ainda estou a fixar a porta, quando entra um cliente. Homem já de alguma idade, gabardine molhada, boné na cabeça.
“Do you have books in English?” – serve de mote para uma pequena conversa sobre livros e para a que seria a única venda do dia.
 
De novo sozinha, sento-me a ler. O tempo nublado e chuvoso afastou de Sintra os turistas e do Bazar os clientes habituais.
Regressa o inglês do boné – chamemos-lhe David. Perdeu o autocarro e vem passar tempo até chegar o próximo. Traz na mão um postal, que me mostra. O galo de Barcelos. Pergunto-lhe se conhece a lenda. Diz que sim. Leu-a nas costas do postal, mas ainda não percebeu o que a história tem a ver com Espanha...

- Spain?
- Yes. It happened in Barcelona, right?
Ainda estamos a rir da confusão, quando o Pombo volta a entrar.

Sacode as penas molhadas da chuva e em patada contínua, destemido, passa por David e vem aninhar-se atrás do balcão, debaixo da minha cadeira.
 
Ali ficou enquanto David me falava do seu trabalho com cavalos numa quinta, e ali se manteve quando ele saiu para  apanhar o autocarro. O seu arrulhar espaçado acompanhou a continuação da minha leitura.
Ao fim de uma hora, dei-me por vencida. Decididamente, não ia entrar mais ninguém.
 
- Vá, amigo. Está na hora de ir para casa.
Olha para mim, abana a cabecita e estica o bico para coçar as penas. Só então reparo que tem o lombo completamente depenado. Não faço ideia por que razão está assim, mas imagino que o frio que faz lá fora o deva afectar bastante mais do que aos seus companheiros.

- Pronto, está bem. Só mais um bocadinho.
Retomo a leitura, mas não chego ao fim da página quando oiço o farfalhar de penas atrás de mim. O Pombo está agora debaixo da minha bota, procurando no chão alguma migalhinha para o caminho. Não encontrando nada, dirige-se à porta e sai sem olhar para trás.

É assim, o Bazar da APCA. Fonte de rendimento para alimentar os 200 cães do Canil de S.Pedro. Oportunidade de comprar artigos a preços baixos.
Porto de abrigo.


Volte sempre!
 
Fotos: Rutix e o Pombo. Sintra. Novembro 2012.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Meter os pés pelas mãos

Excepcionalmente aqui aparecem mãos, ao invés de pés. E apontam o dedo para a tecnologia que fez com que 10 pés e 8 patas saíssem do Monte da Lua a muitos quilómetros do sítio por onde entraram ... e onde estavam os carros.
Valeu-nos a boa vontade moldava, a boa disposição e o conforto das caipirinhas do Moinho de D Quixote.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A Lenda do Cisne Branco

Era uma vez, há muito, muito tempo, um lindo cisne branco que vivia num lago, no sopé de uma serra.

O belo cisne tinha sido condenado a viver sozinho por motivos que já ninguém se lembra (eu disse que foi há muito, muito tempo!).

Certo dia, cansado de estar sozinho, o cisne resolveu pedir ajuda ao grande gigante de pedra, que vivia no cimo da serra. O grande gigante de pedra, de nome Fernando, só ganhava vida nas tardes de nevoeiro (não, não se chamava Sebastião..... posso contar a história ou não?!), mas nessas alturas tinha o poder de conceder qualquer desejo que lhe fosse solicitado.
Foi numa dessas tardes que o nosso cisne se acercou dele.
- Gigante Fernando, grasnou o cisne, tu que és tão poderoso, não me podias arranjar uma companheira? Eu ando tão sozinho e triste….
Ao que o Gigante respondeu:
- Belo cisne branco, o teu crime foi tão grave, que nem eu te poderei ajudar.
O cisne ficou muito desanimado, mas não se deu por vencido. Adoçou a voz e tentou novamente:
- Ó grande e formoso gigante, de certeza que com toda a sabedoria e os dotes mágicos que possuis, não te será difícil concederes-me uma namorada.
Lisonjeado com as palavras do cisne, o gigante murmurou-lhe ao ouvido o que ele tinha de fazer.
O cisne ficou desiludido. Não era tarefa fácil a que lhe propunha o gigante.... 
Regressou ao lago, de bico caído.
Ora, certo dia, passearam-se pelas redondezas duas singelas princesas, que ficaram encantadas com a beleza do cisne. Ao vê-las aproximarem-se, o cisne lembrou-se das palavras do gigante: “Se queres uma namorada, tens de morder o pé da princesa mais bela do Reino”.
Então, o cisne, aproximou-se de um dos pezinhos e mordeu, mas não aconteceu nada.
Sem perder tempo, mordeu o pé da segunda princesa…… e viu o seu desejo concretizar-se: ao seu lado apareceu a cisne negra mais linda que já vira.
E nadaram felizes para sempre…

Fotos: Rutix e Muhipiti in Sintra. Setembro 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Boa Semana!!


Foto: Nelix e Rutix in Sintra

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Pés regalados

Pés de mãe e filha, corajosos contra o calor, regalaram-se num passeio vespertino pelos jardins da Regaleira.
Desceram ao fundo do Poço Iniciático e, de lanterna em punho, atravessaram um pequeno túnel subterrâneo para, do outro lado, emergirem através do poço Imperfeito. Trés Maçon!
Os jardins forneciam uma sombra apetecível e os pássaros ocupavam-se da banda sonora com chilreios intensos e bem-dispostos.
No terraço panorâmico descansámos a vista de toda a exuberância decorativa do palacete e prestámos a devida reverência à Serra e ao seu altaneiro Castelo.
Antes do regresso, ainda tivemos tempo para um geladinho na esplanada da cafetaria e para o convívio com os habitantes locais.
Fotos: Rutix, Lucilix e gatix na Quinta da Regaleira, Sintra.